Nos bastidores, Brasil articula aliança com governos extremistas da Europa e Trump

Da coluna de Jamil Chade no UOL:
Longe dos focos da imprensa e das viagens oficiais, a diplomacia brasileira deu início à construção de uma aliança com governos populistas na ONU, com o objetivo de reforçar sua agenda de defesa da família e transformar a pauta de direitos humanos na entidade.
A coluna obteve informações confidenciais de que, no dia 23 de outubro, em Nova Iorque, uma primeira reunião ocorreu entre Brasil, Polônia, Hungria e EUA. O encontro serviu para que os representantes do Itamaraty explicassem aos demais países o objetivo de apresentar propostas e agir para colocar a família no centro dos debates na ONU.
Transferindo para a política externa uma vertente da ideologia do governo Bolsonaro, o Itamaraty colocou a promoção da família com um dos eixos de sua atuação no exterior. O tema, porém, seria apenas a ponta de lança para outros pontos como o combate ao aborto, educação sexual, igualdade de gênero e direitos reprodutivos.
A estratégia brasileira é a de apresentar o tema sem pontos polêmicos, justamente para conseguir atrair os demais países. Num primeiro momento, a ordem é a de criar um ambiente favorável. Entre as ideias apresentadas está escolher uma data em maio de 2020 para que se comemore o dia mundial da família.
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