Nos EUA, escola usa inteligência artificial no lugar de professores e cobra R$ 18 mil por mês

A Alpha School, presente em estados como Texas, Flórida, Arizona e Califórnia, adota um modelo inovador que substitui professores por inteligência artificial para oferecer ensino personalizado. As disciplinas básicas, como matemática e inglês, ocupam apenas duas horas por dia, enquanto o restante do tempo é destinado a oficinas e atividades de socialização. A instituição explica que conta com “guias de aprendizagem”, cujo papel é motivar e dar suporte emocional, sem a obrigatoriedade de formação em licenciatura.
De acordo com a escola, a IA identifica as dificuldades e acelera o aprendizado até o domínio de cada conteúdo, permitindo que os alunos avancem conforme suas capacidades, sem divisão por idade. Para estimular o desempenho, o colégio utiliza recompensas e até uma moeda interna que pode ser trocada por experiências especiais. Os críticos, no entanto, apontam preocupações com a redução da carga horária das disciplinas tradicionais, o excesso de telas e a falta de preparo pedagógico dos guias.
O custo para estudar na Alpha School é de 40 mil dólares por ano, o equivalente a cerca de R$ 217 mil ou R$ 18 mil por mês. O valor cobre atividades, materiais, eventos e até viagens. Para ingressar, os candidatos passam por etapas de apresentação e vivência na escola antes da matrícula definitiva. Apesar da expansão, especialistas nos EUA questionam se o modelo poderá impactar habilidades sociais, pensamento crítico e diversidade no ambiente educacional.