Nova fase da Lava Jato mira Renan Calheiros e Jader Barbalho
Do Tijolaço:
As ordens de prisão da “345423ª” fase da Operação Lava jato – as expedidas contra Jorge Luz (este da foto) e seu filho Bruno Luz – podem estar voltadas para Renan Calheiros e Jader Barbalho, dois entre os políticos de quem Jorge era amigo. E de Sérgio Machado, o delator-gravador, também.
O curioso é que os Luz foram citados desde os primórdios da Lava Jato por Paulo Roberto Costa como negociador de propinas do PMDB e Jorge, inclusive, já vinha tendo contatos com o Ministério Público desde o ano passado.
Tempo para destruir provas, ambos tiveram de sobra.
Ou para negociar delação, porque os repórteres Julianna Granjeia e Chico Otávio, de O Globo, já registravam que antes de setembro do ano passado o MP e Luz negociavam o velho e conhecido esquema: delação ou cadeia.
Jorge Luz está entre abrir a boca ou enfrentar o constrangimento dos pulsos algemados e o risco de uma condenação superior a 40 anos de prisão pelo envolvimento já provado em quatro casos da investigação.Depois de três conversas informais com o Ministério Público Federal (MPF), o empresário ouviu que a consistência das provas não deixa muitas saídas.
Ainda não está claro se houve algum fato novo, o que está claro é que as prisões, com potencial de causar um enorme rebuliço no Senado esperaram, apenas coincidentemente, a votação e a aprovação de Alexandre de Moraes para o STF.
Ganha um diploma de “velhinha de Taubaté” aquele que acreditar que o ex-chefão da Polícia Federal (ex?) não soubesse das iminentes prisões, como sabia e fez inconfidências em Ribeirão Petro, quando da detenção do ex-ministro Antonio Palloci.
É, como disse aquele delegado, o timing.