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Novo curso da FPA no Pauta Brasil: entender para modificar a economia

Curso da Fundação Perseu Abramo

Nesta segunda-feira, 19 de julho, no programa Pauta Brasil foi lançado o novo curso da Fundação Perseu Abramo: “Economia para Transformação Social”.  Com início em 26 de julho, o curso tem como objetivo oferecer instrumentos de economia política para compreensão da realidade brasileira no contexto da crise econômica atual e os desafios para a construção de um país mais justo.

Com as participações de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, e Juliane Furno, doutora em desenvolvimento econômico pela Unicamp, a mediação foi de Jorge Bittar, diretor da Fundação Perseu Abramo, que “espera que muitos possam não só compreender mas mudar paradigmas sobre assuntos como o Teto de Gastos. Economia é política”, falou.

Considerada aula inaugural do curso, segundo Juliane Furno “nossa proposta é debater economia com rigor analítico mas com linguagem acessível para que mais pessoas se sintam parte a partir dos temas e das ferramentas do curso, que são mais do que didáticas, mas críticas à atualidade”.

Ela explicou que o curso foi pensado para apresentar os grandes autores e as correntes de pensamento e também para construir a ideia de que a economia deve servir “ao povo brasileiro”. Na sua fala também defendeu a urgência do crescimento econômico, “planejar o crescimento, a necessidade de incorporar de fato a ciência e a tecnologia à produção e de compreender que as opções políticas e partidárias são determinantes”.

Fernando Haddad defendeu que devemos “traduzir os jargões dos economistas”. Para ele, cada um de nós é capaz de entender o que estamos vivendo. “A confusão vem da falta de método e também do interesse de que não seja compreendido. É possível compreender o que está em jogo”.

Haddad destacou algumas falácias, em particular a da “meritocracia” quando são marcantes as desigualdades de acesso ao ensino e as “diferenças de acesso aos meios de produção e ao crédito, que envolvem a questão do Estado”. Também defendeu que é necessário o Estado para regular e garantir bons serviços, assim como prevenir “os efeitos deletérios do fim de um ciclo econômico”.

“Caminhos de superação, criação de uma sociedade solidária, acesso à crédito e educação são alicerces para atingir o bem-estar da coletividade, é disso que trata a economia”, falou Haddad, que relembrou também o quanto os investimentos estatais são determinantes, caso dos gastos militares dos EUA para toda a revolução informática e da importância da Embrapa para o desenvolvimento do agronegócio “pujante de hoje em dia”.

Assista a aula inaugural do curso Economia para Transformação Social aqui: