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Número de militares vítimas de covid-19 supera os mortos da FEB na Segunda Guerra

Da ÉPOCA:

Sydrião. Foto: Divulgação

A Praça dos Cristais, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, ganhou em setembro uma muda de pau-brasil que não estava prevista no projeto paisagístico original de Burle Marx. Ela foi plantada para abrigar a seus pés as cinzas do general de brigada Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira. Aos 53 anos, chefe do Centro de Inteligência do Exército, Sydrião, como era chamado, foi vítima da Covid-19. Desde a sua morte, a muda de pau-brasil recebe uma mesma visita todos os finais de semana.

(…) Sydrião é uma das mais de 180 mil vítimas da pandemia no Brasil, e uma das 809 que pertencem às Forças Armadas, segundo dados obtidos com exclusividade por ÉPOCA. A maior parte desse contingente — 770 — é composta de militares reformados.

O total é quase o dobro dos brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) mortos na Itália, na Segunda Guerra Mundial, que vitimou 457 militares, de acordo com o Boletim Especial do Exército de 2 de dezembro de 1946. Ainda que as circunstâncias de uma pandemia e de uma operação militar em solo estrangeiro sejam distintas, a perda para as famílias é a mesma. E o vazio também.

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