Nuvem de gafanhotos é expressão do desequilíbrio ecológico, diz ambientalista
De Walmaro Paz no Brasil de Fato
Não bastasse a seca e a pandemia, os agricultores da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul agora estão preocupados com a aproximação de uma nuvem de gafanhotos que está atacando plantações no Norte da Argentina. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o Ministério da Agricultura estão monitorando o avanço dos insetos. (…)
O diretor da Associação Brasileira de Agroecologia Leonardo Melgarejo explica que o fenômeno é uma expressão do desequilíbrio ecológico que favorece esta grande população de insetos, associada ao sumiço dos chamados “controles naturais”, com a extinção ou a redução drástica das populações de pássaros, aranhas, e pequenos roedores, como a mulita e as preás.
O habitat desses animais está dando lugar aos projetos cada vez mais extensivos do agronegócio. “Todos comem gafanhotos e isto tudo está desaparecendo com o avanço da soja e das outras monoculturas extensivas. O uso de venenos que ataca algumas culturas também mata os predadores desses insetos”, argumenta.
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