O alimento central na dieta dos japoneses que vivem mais de 100 anos

Okinawa, no Japão, é conhecida pela alta concentração de moradores que ultrapassam os 100 anos com boa saúde física e mental. Pesquisas apontam que a alimentação simples e baseada em produtos naturais tem papel decisivo nessa longevidade. Entre esses alimentos, um se destaca pela presença constante no prato de quem vive na região: o inhame-doce, conhecido no Brasil como batata-doce.
Estudos mostram que, embora proteínas sejam importantes na manutenção muscular e cognitiva, o carboidrato de maior impacto na dieta local é justamente o beni imo, uma variedade roxa de batata-doce. Ele é usado em preparações doces e salgadas e praticamente substitui outros alimentos energéticos. O tubérculo concentra fibras, vitaminas e antioxidantes em níveis superiores aos encontrados em outras variedades.
O valor nutricional do beni imo chama a atenção. Cada porção oferece carboidratos de boa qualidade, pequenas quantidades de proteína e doses elevadas de vitamina A e C, fundamentais para imunidade, visão e reparação celular. A cor intensa não é só estética: ela indica a presença de compostos também encontrados em frutas como mirtilos, associados à proteção contra processos inflamatórios.
Os hábitos alimentares de Okinawa evitam laticínios e óleos processados, priorizando ingredientes frescos. Dentro desse estilo de vida, o inhame-doce roxo se tornou um pilar energético e nutricional. Para pesquisadores, ele ajuda a explicar por que a população local envelhece com mais autonomia, menor incidência de doenças crônicas e bem-estar acima da média global.
