O brasileiro que perdeu os 4 membros após infecção rara

Pedro Pimenta, hoje com 34 anos, é tetra-amputado devido a uma meningococcemia, forma rara e letal da doença meningocócica. Aos 18, saudável, ele confundiu os primeiros sintomas com uma gripe. “Eu não imaginava que algo grave poderia acontecer comigo”, relatou. Horas depois, manchas roxas e confusão mental revelaram a emergência: a infecção, que ataca a corrente sanguínea, pode matar em 24 horas.
A sepse grave levou ao choque séptico. Para salvar sua vida, medicamentos vasoativos comprometeram a circulação nas extremidades, causando necrose. “Eu via até tendão e buracos”, lembra Pedro sobre acordar do coma. Após amputações, sua reabilitação foi considerada impossível, mas ele buscou tratamento nos EUA. Hoje, vive com autonomia usando próteses robóticas e é empresário.
A doença meningocócica invasiva (DMI) atinge majoritariamente pessoas saudáveis. “Mais de 90% dos casos acontecem em indivíduos previamente saudáveis”, observa a imunologista Ana Medina, da GSK. A prevenção é feita pela vacinação, disponível no SUS e na rede privada, além de cuidados como evitar aglomerações.
