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O custo da estupidez de Guedes: BC intervém para conter alta do dólar

Da Veja

Roberto Campos Neto, presidente do BC: Instituição teve de realizar leilões para frear alta do dólar. Imagem: Divulgação/Banco Central

Se uma instituição como o Banco Central é independente — e a política monetária adotada pela instituição, desvinculada ao Poder Executivo —, não cabe ao ministro Paulo Guedes comentar o câmbio. Ao comemorar as altas cotações do dólar e ironizar que “empregadas domésticas iam pra Disneylândia”, o ministro elevou o nervosismo do mercado financeiro, fazendo o real perder valor. “A festa”, como disse o ministro, passou a ser de especuladores que apostaram na derrocada da moeda brasileira.

Deu no que deu. O mercado acordou tensionado — ao contrário do que defendeu o ministro no palavrório — nesta quinta-feira, 13. Aliado ao cenário internacional, o lamentável posicionamento impulsionou as cotações do dólar para um novo recorde nominal, e a moeda americana atingiu o patamar de 4,38 reais. (…)

Embora o ministro tenha minimizado a cotação do dólar e elencado que o cenário é o “novo normal”, o Banco Central parece não ter a mesma leitura. A instituição anunciou um leilão da moeda americana para esta quinta para controlar a alta. Momentaneamente, ajudou. A variação inverteu e a moeda americana passou a cair em relação ao real. Às 11h30, estava cotada a 4,31 reais.