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O juiz que enganou a Justiça por 45 anos usando nome falso bizarro

O documento de habilitação de José Eduardo emitido com nome falso. Foto: reprodução

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o ex-juiz José Eduardo Franco dos Reis, 67 anos, por usar identidade falsa durante 45 anos. Até sua aposentadoria em 2018, o magistrado assinava sentenças no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) como “Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield”, nome inspirado em obras literárias inglesas e na cultura medieval britânica.

Segundo a denúncia, José Eduardo criou a identidade falsa em 1980, apresentando documentos adulterados para se passar por descendente de nobres. Com esse nome, ingressou na Faculdade de Direito da USP, tornou-se juiz em 1995 e construiu carreira no Judiciário paulista. “Afirmou ser descendente de nobres britânicos em entrevista na época do concurso”, relatou o MPSP.

A fraude foi descoberta em outubro de 2024, quando o ex-juiz tentou emitir nova via do RG no Poupatempo. O sistema biométrico identificou que suas digitais pertenciam a José Eduardo, não a “Edward”. A investigação revelou que ele possuía CPF, título de eleitor e até passaporte com o nome falso, tendo usado o documento para viajar ao exterior após a descoberta.

O ex-magistrado recebia vencimentos de R$ 143 mil líquidos mensais na aposentadoria. O caso, que envolve falsificação documental e uso de identidade falsa, foi encaminhado à Justiça em fevereiro.

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