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O motivo que fez Ronnie Lessa deixar Tremembé

Ronnie Lessa. Foto: Divulgação

A transferência de Ronnie Lessa para a Penitenciária IV do Distrito Federal ocorreu após uma sequência de quatro pedidos da defesa, que alegou risco à vida do ex-policial no presídio de Tremembé. O advogado Saulo Carvalho informou ao Supremo Tribunal Federal que ele começou a passar mal ao consumir a comida servida na unidade, levantando suspeita de envenenamento.

O ex-PM estava isolado, sem acesso a atividades educacionais, e afirmou que só voltou a se alimentar após substituir as refeições por itens enviados pela família, conforme registrado nas petições. Em uma delas, Lessa declarou que “passou a recusar o recebimento de alimentos, limitando-se a comer somente pão”, citando a Regra 114 de Mandela.

A defesa relatou ainda que Lessa pediu para permanecer em Tremembé, mas em uma ala destinada a presos de grande repercussão. Em vez disso, foi encaminhado à Penitenciária 1, onde dividia espaço com internos ligados a facções criminosas, situação considerada arriscada para um ex-policial.

Em fevereiro, uma visita da PGR e da Polícia Federal à unidade, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, gerou atritos com a administração local. Segundo os advogados, depois da fiscalização surgiram rumores de retaliação, e Lessa passou a apresentar sintomas mesmo após suspender um medicamento que utilizava.