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O negacionismo climático como projeto político da extrema-direita brasileira

Homem coloca as mãos no rosto com a poluição das industrias ao fundo. Foto: Reprodução/Freepik

O negacionismo climático deixou de ser uma opinião isolada e se transformou em ferramenta política da extrema direita. Líderes bolsonaristas passaram a questionar dados científicos, atacar órgãos ambientais e minimizar impactos do desmatamento. Essa postura atende a interesses econômicos e mobiliza parte da base ideológica.

A estratégia se fortaleceu durante o governo Bolsonaro e segue presente em 2025. Influenciadores reproduzem discursos que relativizam queimadas e eventos extremos. O objetivo é impedir avanços regulatórios e enfraquecer políticas de fiscalização. A desinformação se tornou parte central da narrativa.

O tarifaço de Trump deu novo fôlego a essa retórica. Setores da extrema-direita associam pressões ambientais a supostos complôs internacionais. Essa leitura simplificada circula em redes sociais e tenta desviar o foco da responsabilidade de governos locais.

Líderes da área científica alertam que a negação sistemática compromete investimentos e políticas de adaptação. As consequências aparecem em enchentes, ondas de calor e perda de biodiversidade.