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O novo “mandamento” do Papa sobre sexo no casamento

Papa Leão XIV. Foto: Yara Nardi/Reuters

A Igreja Católica divulgou no fim de novembro um documento que reconhece explicitamente uma “finalidade unitiva da sexualidade”, afirmando que o sexo no casamento “não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo”.

A nota doutrinal, assinada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovada pelo papa Leão 14, reafirma a monogamia entre homem e mulher, mas admite que o ato sexual tem função além da geração de filhos. O texto, publicado apenas em italiano, critica o “individualismo consumista pós-moderno”, apontando que a busca descontrolada pelo sexo e a negação da finalidade procriativa trouxeram novos problemas.

Ao mesmo tempo, a Igreja diz haver também uma “negação explícita da finalidade unitiva da sexualidade”, e incentiva que o casal cultive afeto, diálogo e cooperação dentro da vida conjugal. O documento afirma que a “visão integral da caridade conjugal” não exclui a fecundidade, mas estabelece que a união sexual, ainda que “deva naturalmente permanecer aberta à comunicação da vida”, não precisa ter a procriação como “objetivo explícito de cada ato sexual”.

O documento conclui que o casal pode viver esse tempo como forma de fortalecer a fidelidade e a intimidade, afirmando: “Fazendo isso, demonstram um amor verdadeiro e completamente honesto”.