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O perrengue de um ministro de Lula para obter visto dos EUA

O ministro da saúde Alexandre Padilha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Há quase três semanas o Itamaraty aguarda resposta da embaixada dos Estados Unidos sobre o pedido de visto para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A solicitação é necessária para que ele cumpra agendas oficiais em Nova York e Washington, já que seu visto venceu em 2024 e não pôde ser renovado desde então.

Padilha já perdeu a reunião da Organização Pan-Americana de Saúde, realizada no dia 29 em Washington. A próxima atividade nos EUA está prevista para a última semana deste mês, durante evento do setor de saúde paralelo à Assembleia Geral da ONU. A expectativa é que a autorização seja respondida apenas de última hora. Com informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

O impasse ganhou força após os Estados Unidos cancelarem, em 15 de agosto, os vistos da esposa e da filha do ministro. Nesta semana, o Departamento de Estado também revogou vistos de outros nomes ligados ao Mais Médicos, como Mozart Julio Tabosa Sales, do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, atual coordenador da COP30.

Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, os servidores teriam participado de um esquema de “exportação de trabalho forçado” de Cuba por meio do Mais Médicos. O programa foi criado em 2013, no governo Dilma Rousseff, e levou médicos cubanos a regiões carentes até 2018, em cooperação com a Opas. Padilha reagiu às sanções afirmando que a iniciativa continuará, em meio ao histórico bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba desde 1959.