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O plano da CBF para afastar a camisa da seleção do bolsonarismo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usando uma camiseta do Brasil
Foto: Reprodução

Antes da divulgação da lista de convocação dos jogadores da Seleção Brasileira pelo técnico Tite, a assessoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que transmitiria um vídeo para promover a camisa oficial da Seleção Brasileira da Copa deste ano.

A divulgação dessa peça é uma iniciativa para tentar desassociar o uniforme do time nacional da política, que já que foram usados largamente como símbolo pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive, pelo próprio presidente.

“É o início de uma campanha institucional. Passará na TV aberta e fechada, e redes sociais. É para mostrar que todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, contou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Porém, a percepção foi que não adiantaria dar um passo nesta direção durante o pleito. Era preciso esperar a conclusão da votação. Por causa disso, a CBF e a comissão técnica da seleção vinham se mantendo afastadas de qualquer partido ou movimentos políticos. Havia um cuidado justamente para evitar a antipatia ao time.

Um dos astros do time, o atleta Neymar, se posicionou durante as eleições ao declarar apoio a Bolsonaro. Além disso, o jogador prometeu comemorar um gol fazendo os números do então candidato com gestos da mão, porém, que acabou derrotado no pleito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, apesar de se manter neutra, a CBF respeita a posição de cada jogador. Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, atitude do jogador do PSG tornou mais difícil a tarefa da confederação de dissociar o time da política.

O primeiro passo para a desassociação é a campanha institucional, embora se entenda que isso é um processo que não será resolvido apenas com uma campanha publicitária. Porém, há uma expectativa que, com o tempo, o clima da eleição seja dissipado.

A campanha foi nomeada de “Energia”, e começou a ser divulgada neste domingo (6) com inserções na Globo. Há duas versões do vídeo, uma mais longa e outra mais curta, feita para TV aberta.

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