O plano do governo Lula para retaliar Ciro Gomes

O governo Lula avalia a possibilidade de afastar Lúcio Ferreira Gomes, irmão do ex-governador Ciro Gomes, do comando da Companhia Docas do Ceará. A medida é vista por aliados como uma retaliação às suas movimentações políticas, que busca uma candidatura de oposição ao PT nas eleições de 2026.
Segundo a revista Veja, Ciro deixou o PDT após discordar da decisão do partido de permanecer na base do governo federal e do provável apoio à reeleição do governador Elmano de Freitas (PT). Desde então, ele tem se aproximado do PSDB e avalia concorrer ao governo do Ceará ou até mesmo à Presidência da República, dependendo das articulações políticas.
O incômodo gerado pelas ações de Ciro levou líderes petistas do Ceará a pressionarem o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em Brasília, para avaliar a permanência de Lúcio na chefia da Companhia Docas. Para os aliados do presidente, a presença de parentes de um potencial adversário em cargos estratégicos não é adequada.
Atualmente, pesquisas de intenção de voto indicam Elmano de Freitas como favorito na disputa estadual. O governador conta com o apoio do ministro da Educação, Camilo Santana, e do senador Cid Gomes (PSB), outro irmão de Ciro, que mantém divergências políticas com ele, reforçando a divisão familiar no cenário eleitoral.