O plano do Itamaraty para as relações com a Argentina em caso de vitória de Milei

Se o candidato de extrema-direita, Javier Milei, for eleito presidente da Argentina no próximo domingo (19) e mantiver a ameaça de cortar relações com Lula (PT), o Itamaraty planeja focar na agenda diplomática fora do nível presidencial, estratégia similar durante o governo Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Apesar da tensão, Brasil e Argentina possuem acordos de cooperação em áreas como defesa que independem das relações presidenciais. No entanto, muitos no Itamaraty acreditam que, se eleito, Milei pode não permanecer por um ano no cargo.
No último debate antes das eleições, Javier Milei e o peronista Sergio Massa discutiram sobre a relação com o Brasil. Massa afirmou que criar problemas com Brasil e China resultaria em menos empregos, argumentando que a política externa não deve ser regida por “caprichos”.
Milei, no entanto, rebateu a fala de Massa destacando que o presidente “Alberto Fernández também não falava com Bolsonaro”.