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O primeiro debate dos presidenciáveis

O primeiro debate entre os candidatos à Presidência, realizado na noite desta terça-feira na TV Bandeirantes, foi marcado mais pela troca de críticas entre os presidenciáves que pela discussão de propostas e programas de governo.

Com sete candidatos à mesa – Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB) –, os presidenciáveis contaram com pouco tempo para desenvolver ideias e tiveram suas intervenções limitadas às perguntas que lhes eram direcionadas por jornalistas e os demais competidores.

Temas como educação e saúde quase não foram abordados pela maioria dos presidenciáveis.

Dilma e Marina, que lideram as pesquisas de intenção de votos, foram os principais alvos dos demais candidatos.

Grande parte das críticas a Dilma, que busca a reeleição, partiram de Aécio e tiveram como foco o desempenho econômico de seu governo.

O candidato tucano fez de sua posição em relação à economia o principal mote de sua participação. Ele disse que a política econômica “não comporta novas aventuras ou improviso” e que seu governo seguiria o caminho da “segurança, responsabilidade, transparência fiscal e previsibilidade”.

O tucano anunciou que, se eleito, nomearia o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda.

Em diversos momentos, a presidente defendeu-se das críticas de Aécio e de outros candidatos comparando a gestão do PT na Presidência à do PSDB (1995-2003). Ela disse que, em momentos de crise, o governo do PSDB “cortou salários e deu tarifaços”.

“O governo do PSDB quebrou o Brasil três vezes”, disse a presidente. Ela criticou o governo FHC por ter buscado um empréstimo do FMI (Fundo Monetário Internacional) que, em contrapartida, exigiu duro corte de despesas orçamentárias.

“Geramos mais empregos no meu governo do que vocês (PSDB) em oito anos”, disse Dilma.

A presidente fez várias menções a programas de seu governo, entre os quais os Mais Médicos, o Ciências sem Fronteiras e o Pronatec, e disse ter se empenhado na aprovação pelo Congresso da destinação de 75% dos royalties do pré-sal para a educação e 25% para a saúde.

Contrariando previsões de que fugiria do embate direto com os adversários, Marina fez duras críticas ao governo Dilma.

Marina também criticou Aécio ao dizer que o tucano omitia de suas declarações a respeito de seu governo em Minas a situação no vale do Jequitinhonha, a área mais pobre do Estado. Segundo a candidata, os estudantes da região “vivem as penúrias de um Estado que não valorizou a educação”.

A candidata parecia empenhada em rejeitar a visão de que sua militância na área ambiental seria incompatível com o desenvolvimento econômico do país.

Saiba Mais: bbc