O que especialistas dizem sobre “remédios que curam ressaca”

As confraternizações de fim de ano convidam a brindes com álcool, mas especialistas alertam que não há “antídoto” comprovado para a ressaca. “Não há tratamento e nem cura milagrosa. A melhor alternativa é a abstenção ou o consumo moderado”, afirma a biomédica Marilia Antunes, do CISA. Produtos como Engov e Epocler apenas aliviam sintomas isolados, sem acelerar a eliminação do álcool.

Segundo o hepatologista Raymundo Paraná, apenas um produto, o Myrkl, atua metabolizando o álcool no intestino. “Esse produto não está amplamente disponível ainda, mas é a única proposta que existe”, diz. A ressaca é causada pelo acúmulo de acetaldeído, uma substância tóxica derivada do metabolismo do álcool.

A recomendação para minimizar os efeitos é comer antes, beber devagar e se hidratar. “Quando a gente come primeiro a gente evita a hipoglicemia que dá um grande mal-estar”, explica Paraná. O uso de paracetamol após o consumo de álcool requer cautela, pois pode aumentar a toxicidade hepática.