O que fazer com o criminoso Champinha? Não pergunte a Tarcísio de Freitas

Nesta sexta-feira (6), o governo de São Paulo buscou transferir Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, juntamente com outros quatro internos da Unidade Experimental de Saúde (UES) na Vila Maria, Zona Norte da capital, para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) Dr. Arnaldo Amado Ferreira em Taubaté, interior de São Paulo.
Champinha ficou conhecido há 20 anos, quando foi condenado por seu envolvimento no sequestro, tortura e assassinato de um casal de estudantes. Na época, ele tinha apenas 16 anos e cumpriu três anos de medida socioeducativa.
Após esse período, continuou internado devido a laudos psiquiátricos e ao artigo 1767 do Código Civil, que estipula que criminosos com transtornos mentais devem ser mantidos em “instituições apropriadas”.
A Unidade Experimental de Saúde não é uma instituição psiquiátrica de custódia ou um presídio, mas está subordinada à Secretaria Estadual da Saúde e possui agentes de segurança ligados à Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP).
O governo de Tarcísio de Freitas buscou a transferência dos internos, o que gerou um encontro de urgência envolvendo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Ministério Público, a Defensoria Pública e a SAP-SP.
Tanto o MP quanto a Defensoria Pública manifestaram-se contra a proposta do governo e solicitaram que a questão fosse apresentada formalmente à Justiça, o que, até o momento da reportagem, não havia ocorrido.