O segredo de Viena, eleita melhor cidade do mundo em novo ranking
Da BBC Brasil:
Viena está no topo da lista, a melhor da América Latina é Montevidéu e a pior do mundo é Bagdá, no Iraque.
A consultoria internacional Mercer publicou sua relação das cidades globais com melhor qualidade de vida, e a capital da Áustria ocupa o primeiro lugar, seguida por Zurique (Suíça) e Auckland (Nova Zelândia).
Cidades brasileiras ficaram abaixo da centésima posição no ranking: as melhores colocadas são Brasília (106º), Rio de Janeiro (118º) e São Paulo (121º).
Na América Latina, a capital do Uruguai, a melhor da região, ficou na 78ª posição. Santiago (Chile) e Buenos Aires (Argentina) aparecem em 93º e 94º lugar, respectivamente.
A lista é elaborada principalmente para empresas internacionais, afirmou Slagin Parakatil, pesquisador da Mercer que liderou a equipe do estudo.
A comparação, disse ele, tem como alvo “empresas e multinacionais que devem avaliar quanto mais pagar ou como compensar seus empregados por dificuldades que eles enfrentarão quando são enviados, por exemplo, de Londres a Buenos Aires”, disse Parakatil à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
“Para elaborar a lista, focamos em dez critérios com pesos diferentes, subdivididos em 39 categorias, que incluem, por exemplo, segurança, incidência de doenças e qualidade de serviços médicos, educação e entretenimento”.
Outros pontos avaliados são acesso à moradia, qualidade do ar e problemas de transporte, como congestionamentos.
Viena encabeça a lista pela sétima vez. O que distingue a capital austríaca de outras cidades europeias como Londres ou Paris?
Um fator importante é a segurança cidadã, um dos critérios de maior peso na avaliação. Outra vantagem, segundo o informe, é o preço e a qualidade da moradia.
A prefeitura local vem investindo em programas de construções subsidiadas, uma grande diferença da cidade em relação a metrópoles como Londres, onde o custo de um apartamento de qualidade bem localizado é bem mais alto.
“Ganhava um salário decente em Londres, mas ainda assim era difícil chegar ao fim do mês e quase nunca conseguia economizar”, afirmou Adem Mutluer, britânico que vive há dois anos em Viena.