OEA pede o que nem Brasil nem SP podem oferecer: solidariedade com a população negra
Do UOL:
Em audiência feita no Haiti, na sexta-feira passada (6), representantes do governo brasileiro tiveram de ouvir, presencialmente, o depoimento da irmã de Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16, um dos nove jovens mortos após uma ação policial em um baile funk na favela de Paraisópolis, em dezembro.
Fernanda dos Santos Garcia, 27, a irmã do jovem, afirmou que o Estado brasileiro arruinou sua vida para sempre. “Chegar na nossa casa e saber que eu nunca mais iria ver o meu irmão… Ele foi tratado com tanto amor, com tanta dificuldade, para um órgão do estado vir tirar a vida dele sem razão alguma“, disse, com a voz embargada.
O desabafo foi feito em audiência da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), da OEA (Organização dos Estados Americanos). Com representantes do governo federal à mesa, foi pedido, como ação mínima, uma prestação de solidariedade do Estado brasileiro às famílias de vítimas de violência policial como um todo.
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