Oito policiais são condenados pela morte de pedreiro Amarildo
Do G1:
O Fantástico teve acesso com exclusividade a partes da sentença que condena policiais envolvidos no caso Amarildo. O ajudante de pedreiro sumiu em julho de 2013, durante uma operação policial na Rocinha, comunidade na Zona Sul do Rio de Janeiro. Cartazes com a pergunta “Cadê Amarildo?” se espalharam pelo país em manifestações.
A Justiça, agora, confirma tudo o que as investigações tinham apontado: que policiais são culpados pelos crime de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual. A reportagem foi exibida neste domingo (31).
Vinte e cinco PMs foram denunciados. Pelo menos oito estão condenados. Por ser um superior, que deveria dar exemplo, o major Edson Santos, que era comandante da UPP Rocinha na época, recebeu a maior pena: 13 anos e sete meses de prisão.
O tenente Luiz Felipe de Medeiros, então subcomandante de UPP, foi condenado a 10 anos e sete meses. De acordo com a sentença, ele orquestrou o crime junto com o major Edson.
O soldado Douglas Roberto Vital Machado pegou 11 anos e seis meses de prisão por ter atuado desde a captura de Amarildo até a morte dele.
Os soldados Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Jairo da Conceição Ribas, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha da Graça foram condenados a 10 anos e quatro meses de prisão. Todos serão expulsos da corporação.
Na sentença, a juíza critica a ação dos policiais. “Nos deparamos com a covardia, a ilegalidade, o desvio de finalidade e abuso de poder exercidos pelos réus.