OMS: Políticas focadas apenas em abstinência não funcionam

Imagem: Marcos Corrêa/ Presidência da República
Da Coluna de Jamil Chade no UOL.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que políticas que se concentraram unicamente no estímulo à abstinência sexual como forma de reduzir a gravidez precoce não trouxeram resultados positivos e que tais conclusões fazem parte de pesquisas realizadas por diferentes especialistas. Tais abordagens, segundo a agência, geraram prejuízos à saúde dos jovens e a OMS insiste sobre a necessidade de um foco na educação sexual, adaptada para cada idade.
Em declaração à coluna, a entidade reconhece que a estratégia de falar sobre a abstinência pode ser uma opção em programas de saúde pública. Mas alerta que estudos apontaram para os riscos de que tais programas se concentrem apenas nessa dimensão.
Nas próximas semanas, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos anunciará um programa para combater a gravidez precoce. Damares Alves, chefe da pasta, já indicou que itens seriam incluídos no sentido de promover a “preservação sexual”.
Dentro do governo, nem todos estão de acordo. No Ministério da Saúde, a visão é de que o projeto precisa ter bases científicas sólidas, o que significa aplicar outras estratégias para além da promoção da abstinência.
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