Ônibus queimados: quem é Faustão, miliciano morto pela polícia no Rio
O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão e Teteu, foi morto nesta segunda (23) durante confronto com a Polícia Civil na Zona Oeste do Rio de Janeiro e seu óbito fez que com que outros criminosos queimassem ao menos 35 veículos na região.
Faustão era o número 2 na milícia comandada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, seu tio. O grupo, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) atua com a cobrança de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviços nos bairros dominados.
A milícia de Zinho também é suspeita de corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança e a Polícia Federal identificou uma conversa de Faustão tratava da compra de três fuzis por R$ 180 mil. Foi por conta desse diálogo que um mandado de prisão foi emitido contra ele.
Faustão também é acusado de envolvimento no assassinato de Jerônimo Guimarães Filho, ex-vereador conhecido como Jerominho, e seu cunhado, Maurício Raul Attalah, em agosto de 2022. O miliciano e outros cinco criminosos respondem por homicídio e associação criminosa.
O miliciano morto nesta segunda era apontado em investigações como o principal homem de guerra de Zinho na disputa de território com grupos rivais. Ele seria encarregado de chefiar rondas feitas por aliados na Zona Oeste, segundo investigações.
Matheus é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil: seu tio, Carlos Alexandre da Silva Braga (o Carlinhos Três Pontes), morreu em 2017, enquanto Wellington da Silva Braga (o Ecko), outro tio, foi morto em 2021. Após a morte de Ecko, Zinho assumiu a organização, que é a maior milícia do Rio.