ONU cobra respostas do governo Bolsonaro por morte e detenção de ativistas
Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

Relatores da ONU cobram respostas do governo Jair Bolsonaro por mortes e detenção de ativistas relacionados com o massacre de Pau D’Arco. Numa carta de fevereiro de 2021, a relatora da ONU sobre a situação de ativistas, Mary Lawlor, o relator sobre meio ambiente, David Boyd, e a relatora sobre execuções sumárias, Agnes Callamard, alertam que casos registrados no Pará são sintomas da insegurança que enfrentam os defensores de direitos humanos no país.
O centro da queixa se refere ao trabalhador rural Fernando dos Santos Araújo, que foi morto no Pará no início de 2021. Ele era sobrevivente do massacre de Pau D’Arco, que ocorreu em 2017 e matou dez camponeses durante operação policial. Araújo foi morto com um tiro na nuca, no lote que possuía próximo ao local onde houve o massacre em 2017.
Uma das principais testemunhas da ação policial que resultou na morte dos trabalhadores rurais, Araújo estava sendo ameaçado. Ele chegou a entrar no programa de proteção a testemunhas. A chacina resultou num inquérito contra 16 policiais civis e militares. Mas eles foram soltos e continuar exercendo atividades, enquanto aguardam julgamento.
Agora, os relatores da ONU pedem explicações. Não caso de Araújo, a carta aponta como a morte, em 26 de janeiro, foi precedida por alertas por parte da vítima de uma “onda de ameaças de morte” contra ele.
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