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ONU questiona governo Bolsonaro sobre relação entre milícias e o Estado

Bolsonaro em discurso na ONU

Membros da Comitê da ONU para Desaparecimentos Forçados cobraram do governo de Jair Bolsonaro esclarecimentos sobre a relação entre a milícia e agentes do Estado.

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ONU cobrando Bolsonaro

A entidade aponta aponta que o governo recebeu dados de envolvimento de ambos em crimes no país. Mas os mesmos peritos internacionais ficaram indignados diante da declaração de um dos membros da delegação brasileira de que o número de desaparecimentos no país não justificava a criação de um mecanismo para reunir dados e investigações.

Nesta segunda (13), pela primeira vez, a ONU iniciou um exame sobre a situação do desaparecimento no Brasil, colocando pressão sobre o país em temas como a violência policial, milícias e mesmo sobre a forma pela qual o governo lida com as vítimas da ditadura (1964-1985). Coube à relatora do Comitê, Milica Kolakovic-Bojovic, apresentar perguntas durante a sabatina que irá durar dois dias. “Temos informações sobre desaparecimentos que ocorrem hoje, incluindo por parte da polícia militar, assim como por grupos paramilitares formados por agentes do Estado”, disse.

De acordo com ela, as vítimas mais frequentes são indígenas, afrobrasileiros, pobres e população das periferias. A relatora ainda destaca como famílias têm hesitado em denunciar desaparecimentos, alegando o risco de represália, e como a falta de progresso nas investigações tem levado à impunidade.

Ela ainda apontou que o Comitê recebeu “alegações de omissão para investigar e processar casos de desaparecimento” e cobrou explicações sobre a existência de mecanismo independentes para apurar casos quando há uma suspeita de agentes do Estado.

Com informações de Jamil Chade no UOL.

Lula vence

O ex-presidente Lula teve mais uma vitória na Justiça na última sexta (10). O caso se refere à delação premiada de Leo Pinheiro. Segundo a defesa do petista, o depoimento “serviu, no passado, para impor uma condenação injusta contra ele no Caso do Triplex”.

A juíza federal maria Carolina Akel Ayoub aceitou o pedido da defesa para trancar a investigação por falta de provas. “Seguindo a mesma receita da Lava Jato de produzir acusações fantasiosas contra alvos pré-definidos, Pinheiro inicialmente acusou Lula de ter realizado tráfico internacional de influência na Costa Rica para favorecer a empresa OAS”, lembram Cristiano Zanin e Valeska Martins.

Dos processos contra o petista, está aberto apenas um, do “Caso dos Caças”, que já foi alvo de pedido de arquivamento.

“Esperamos que o caso do ex-presidente Lula seja devidamente analisado pelo Sistema de Justiça, pela Academia e pela Sociedade Civil, para evitar a prática de lawfare contra qualquer pessoa ou empresa do nosso país, tendo em vista os efeitos nefastos decorrentes da sua prática, que podem colocar em risco da própria democracia”, diz a defesa.