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Operação no Rio de Janeiro caça policiais acusados de envolvimento com o tráfico

De O Dia

Rio – A Divisão de Homicídios de Niterói, ltaboraí e São Gonçalo deflagra na manhã desta quinta-feira a Operação Calabar, com objetivo de cumprir mandados de prisão contra 96 PMs e cinco acusados de envolvimento com o tráfico de drogas. Os militares eram lotados no 7º BPM (São Gonçalo) entre 2014 e 2016 e são acusados de receber propina, popularmente chamada de “arrego”, além de venda de armas para 41 comunidades, entre elas Salgueiro, Santa Luzia, Santa Izabel, Jóquei, Jardim Catarina, Ocupação Coruja e Alto dos Mineiros, todas naquele município.

Eles atuavam nos Grupos de Ações Táticas (GAT’s); Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO’s), Serviço Reservado (P-2) e patrulhamento do 7º BPM. Os mandados de prisão e busca e apreensão para casas dos PMs e unidades onde eles estão lotados atualmente – já que foram transferidos para outras unidades durantes as investigações – foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de São Gonçalo e Auditoria da Justiça Militar.

O início do inquérito na DH começou com a prisão de um traficante que decidiu delatar o esquema. Gravações telefônicas e imagens de vídeos com os policiais recebendo propina também foram incluídas no processo.

A Operação Calabar coloca novamente o batalhão de São Gonçalo na berlinda. A juíza Patrícia Acioli foi executada na porta de casa com 21 tiros em agosto de 2011, em Niterói, por policiais do 7º BPM. A magistrada atuou em diversos processos em que os réus eram policiais militares envolvidos em mortes de suspeitos durante confronto.