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“Ordem para matar autoridades. Meu nome estava lá”: o que ex-delegado dizia sobre o PCC

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. Foto: Divulgação

O Fantástico exibiu neste domingo (21) um vídeo em que o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, reconhece que estava jurado de morte pelo PCC. O depoimento foi gravado em 2019, durante audiência do caso “Bonde dos 14”.

“Policiais fizeram uma investigação e descobriram que havia no meio do PCC, uma ordem para matar algumas autoridades, e meu nome estaria entre elas. Era uma carta entre eles determinando essas mortes”, afirmou Fontes à Justiça.

Ruy permaneceu no comando da Polícia Civil até 2022 e se aposentou no ano seguinte, mas as ameaças continuaram. O programa revelou ainda um relatório de 2024, chamado “Bate Bola”, que descrevia planos de atentados contra autoridades, incluindo Fontes e o promotor Lincoln Gakiya. “Essas ordens nunca foram retiradas, inclusive a minha, elas estão de pé”, disse Gakiya.

A investigação da morte do ex-delegado, emboscado em Praia Grande, segue em duas frentes: retaliação do PCC ou ligação com sua atuação como secretário municipal na cidade. Até o momento, quatro suspeitos foram presos: Daeshly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista, Rafael Dias Simões e Willian Marques. Outros três, entre eles Luiz Antônio Rodrigues Miranda, apontado como mandante, permanecem foragidos.

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