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OS da família Guanaes renova contrato milionário com governo do Rio após furar fila da vacina

Vistoria no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói (crédito: reprodução)

A Organização Social Instituto Sócrates Guanaes, que administra o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, e é suspeita de desviar doses da vacina contra Covid-19, renovou o contrato de gestão da unidade por R$ 153 milhões.

A comissão estadual que avalia a administração da unidade de saúde listou, em 3 de fevereiro, uma série de irregularidades no hospital, como equipamentos quebrados, alimentos não refrigerados e problemas no centro cirúrgico (veja lista abaixo). (…)

Segundo a investigação, dois gestores da OSsão suspeitos de furar a fila da vacinação, beneficiando dois parentes adolescentes de 16 e 20 anos. (…)

O procurador Felipe de Melo Fonte, subsecretário jurídico da Secretaria de Estado de Saúde, afirmou quenão havia tempo para uma análise mais apurada.

Segundo ele, cabe à Comissão de Acompanhamento e Fiscalização (CAF) — a mesma que listou as irregularidades do hospital — dizer se o trabalho da OS vinha sendo bem realizado. O parecer da CAF não foi juntado ao processo.(…)

 Ao todo, são 26 irregularidades listadas no documento mais recente. Entre elas:

      • aparelho de raio-x inoperante
      • déficit de cadeira de rodas
      • funcionários sem crachá
      • estoque de alimentos não refrigerado
      • ponto biométrico inoperante
      • macas e equipamentos enferrujados nas salas amarela e vermelha
      • camas e suportes para medicação com problemas no CTI adulto
      • aparelho de endoscopia em manutenção
      • duas salas inoperantes no centro cirúrgico
      • ultrassom da UTI neonatal em manutenção
      • alojamento de funcionários com problemas
      • infiltrações