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Os jatos hipersônicos que darão a volta ao mundo em menos de uma hora

Projeção de como vai ficar o SR-72 da Lockheed. Foto: Divulgação

A busca por aeronaves mais velozes ganhou força com projetos que vão do supersônico ao hipersônico. O X-59, parceria da NASA com a Lockheed Martin, realizou seu primeiro teste no fim de outubro. O modelo foi desenhado para diminuir o estrondo sônico e manter o ruído próximo de 75 decibéis, similar ao fechar de uma porta de carro.

A agência pretende usar os dados sobrevoando comunidades para tentar flexibilizar regras que hoje impedem voos supersônicos comerciais sobre áreas habitadas. A Lockheed também desenvolve o SR-72, sucessor do Blackbird, descrito como plataforma militar capaz de operar entre Mach 5 e Mach 6.

O projeto segue sigiloso e não terá uso civil, com estreia prevista para a década de 2030. No setor comercial, o conceito A-HyM Hypersonic Air Master imagina levar 170 passageiros a Mach 7,3, reduzindo Londres–Nova York a 45 minutos. Criado por Oscar Viñals, ele prevê estrutura de titânio e fibra de carbono movida a hidrogênio, mas ainda não saiu do papel.

O renascimento do voo rápido convive com a memória do Concorde, operado entre 1976 e 2003. O modelo marcou época, porém acumulou custos altos, pouco espaço e tecnologias defasadas. Dois casos aceleraram o fim: o acidente da Air France em 2000, que deixou 113 mortos, e a retração pós-11 de setembro. Sem demanda suficiente, British Airways e Air France aposentaram a aeronave após quase 50 mil voos.