Os riscos de contaminação nuclear após ataque dos EUA ao Irã

Os recentes ataques dos Estados Unidos e de Israel a instalações nucleares iranianas levantaram preocupações sobre possíveis contaminações ambientais. Apesar da destruição de locais como Fordow, Natanz e Isfahan, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que não houve aumento de radiação fora das áreas atingidas. Especialistas afirmam que os riscos são limitados e, em sua maioria, envolvem substâncias químicas como o hexafluoreto de urânio (UF6), que é tóxico, mas pouco radioativo.
O maior temor está relacionado a um possível ataque ao reator nuclear de Bushehr, na costa do Golfo. Especialistas alertam que uma ofensiva nesse local poderia causar uma “catástrofe radiológica absoluta” e comprometer a dessalinização da água, essencial para países como Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos. O Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) está em alerta máximo e já possui planos de emergência.
Atualmente, mais de 80% da água potável nos Emirados Árabes vem da dessalinização, e esse índice chega a 100% em países como Bahrein e Catar. Segundo especialistas, um ataque que interrompa essas usinas pode causar a perda imediata do acesso à água doce para milhares de pessoas.