Nesta quinta (23), em Cuiabá, mais de 400 famílias ficaram na fila das doações de ossinhos. O caso ocorreu no açougue no bairro CPA2 e chamou a atenção dos moradores. A desempregada Regina Santa relatou que enfrenta esse tipo de situação toda segunda e quinta. “Vou passar o Natal com ossinhos doados”, revelou.
Regina, de 41 anos, era cozinheira em um restaurante antes da pandemia. Porém, acabou sendo demitida. Por conta disso, tem sofrido com o desemprego e os problemas financeiros.
Sua filha tem microcefalia, o que não a permite trabalhar. Por isso recorreu às doações de ossinhos, porque perdeu os benefícios sociais que ganhava. “Eu tenho uma filha com microcefalia e a pensão dela foi cortada quando começou a pandemia. Eu não posso trabalhar porque tenho que ficar cuidando dela e, então, eu venho pra fila do ossinho”, desabafou.
“O ossinho a gente come uma ou duas vezes, e o sacolão a gente divide. Dura duas semanas”, acrescentou. “Eu fico triste, porque eu olho e vejo que não tem para onde correr. É muito complicado você ter uma filha e não poder dar alguma coisa que ela gostaria de ter. Quando vejo que tem um benefício como esse, fico feliz, porque sei que vou ter o que levar para casa. Vou passar o Natal com ossinho e agradecendo a Deus”, completou.
Regina torce para que os políticos olhem para as pessoas mais necessitadas. “Porque a coisa mais difícil é ouvir seu filho pedindo leite e você não tem para dar. Pede uma bolacha e não tem. Essa é a maior dificuldade. Espero que as autoridades pensem mais na gente”, concluiu em entrevista ao G1.
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“Eu trabalhei entregando carne há 25 anos aqui em Cuiabá. Aí eu parei porque me aposentei e também não aguentava mais carregar aqueles sacos de 65 kg. Mesmo com um companheiro era pesado”, disse seu Sebastião da Costa, de 70 anos.
“Eu tenho três filhos. Um deles faz de tudo para não me deixar vir aqui porque ele acha que eu não dou conta. Eu saí escondida dele. Eu estou doente e ele acha que não posso vir aqui. Mas estou me sentindo bem”, falou a aposentada Maria de Lurdes, de 65 anos. Ela enfrenta um câncer que se espalhou por todo seu corpo.
“Eu sempre fui independente. Esse ano foi a primeira vez que vim aqui porque sempre batalhei por conta própria, mas as coisas se complicaram. Eu sinto vergonha, eu acho humilhante. Tenho problemas nas costas e também tive um quadro de depressão. Isso me atrapalhou a trabalhar, pois sempre gostei de ser independente. Nunca me vi nessa situação”, contou Evellyn, de 27 anos.
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