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Padre que estuprou coroinha é condenado a 26 anos de prisão em SP

O padre Antônio de Souza Carvalho

O padre Antônio de Souza Carvalho, que atuava em Penapólis, no interior de São Paulo, foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável contra um coroinha. Os abusos ocorreram ao longo de cinco anos, entre 2009 e 2014, quando a vítima tinha apenas 13 anos. Segundo o processo, foram pelo menos dez episódios de violência sexual. O religioso ainda pode recorrer em liberdade da decisão da 1ª Vara da comarca de Penapólis.

A denúncia só foi feita em 2023, quando a vítima, já maior de idade, revelou os crimes à família e à igreja. O jovem contou que os abusos começaram após ele passar a atuar como coroinha na Paróquia Sagrada Família, onde sua família havia começado a frequentar. Os relatos apontam que o padre aproveitava trajetos de carro até missas e viagens para cometer os abusos, chegando a dividir quarto com o menor em uma ocasião.

Durante a investigação, o religioso negou as acusações e afirmou que os gestos eram apenas “demonstrações de carinho”. Em nota, a Diocese de Lins confirmou que o sacerdote foi afastado de suas funções desde que recebeu a denúncia e afirmou ter comunicado o caso ao Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, que determinou a abertura de um processo penal administrativo.

A condenação representa um dos casos mais graves de abuso sexual ligados à Igreja Católica em São Paulo nos últimos anos. A família da vítima, que vivia em zona rural antes de se mudar para a cidade, busca agora justiça e reparação após mais de uma década de silêncio. A defesa do padre ainda não foi localizada.