Na última sexta-feira (20), Cíntia Mariano Dias foi presa, acusada de ter matado sua enteada, de 22 anos, por envenenamento em março de 2022 e tentar repetir o mesmo crime com o irmão da vítima, de 16, um mês depois. Após a prisão de Cintia, Adeilson Cabral, pai dos dois jovens, afirmou que está revoltado de ter se envolvido com um “monstro” e deu mais informações sobre o caso.
“Fico com um sentimento de revolta e culpa por me envolver com um monstro. Mas eu não tinha bola de cristal. Até briguei com Deus ,perguntei a Ele por que tirou a minha filha. Mas não foi Deus. Foi quem estava do meu lado. Infelizmente eu não sabia”, afirmou em entrevista para O Globo.
Ele declarou também que não teve nenhum envolvimento com o crime e que não havia percebido nenhum sinal de que Cíntia poderia cometer tais crimes.
“O Bruno percebeu algo no prato, mas ela disse que era o tempero, daqueles prontos, que não tinha derretido durante o preparo. E esse também seria o motivo para o amargo do feijão. Ali começou a desconfiança. Ninguém achava que ela estava envenenando, mas todos estranharam a atitude dela, que foi muito suspeita”, disse Adeilson.
“Ainda fico nervoso com a história toda e estou precisando tomar remédios para me acalmar, e vou vivendo, trabalhando como dá”, continuou Adeilson
Ele afirmou ainda que a polícia pediu para fazer uma revista em sua casa e encontraram remédio para pulgas de cachorro embaixo dos panos do fogão.
“Ela se reserva o direito ao silêncio. Mas com os depoimentos, em especial, o depoimento dos próprios filhos dela, que falaram que ela confessou, chegamos à conclusão que ela é responsável pela tentativa de homicídio do enteado”, disse o delegado Flávio Rodrigues, da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Ela foi presa após o garoto ter passado mal depois de comer na casa dela, o que levantou suspeita de que Cíntia teria colocado chumbinho na comida. O caso ainda fez com que ela se tornasse também suspeita em relação à morte de Fernanda Carvalho, de 22 anos, irmã de Bruno.
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