Pai diz não ter dúvida de envolvimento de vereador na morte do menino Henry

O engenheiro Leniel Borel, de 37 anos, pai do menino Henry, morto na madrugada do último dia 8, aos 4 anos, contou que o seu advogado vai entrar como uma petição nesta segunda-feira, pedindo para ele ser ouvido novamente pelos policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), que está investigando o caso. Ele disse que até agora só foi ouvido no dia da morte do menino e quer colaborar com novas informações. Em entrevista à revista Veja, que foi para as bancas neste fim de semana, Leniel diz não ter dúvida do envolvimento do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.
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“Não tenho dúvidas de que Dr. Jairinho é culpado. Naquela noite no hospital, ele ficava junto aos médicos que tentaram salvar Henry o tempo todo. A princípio eu achava que era porque também era médico, mas agora percebo que era para acobertar o que realmente aconteceu. Ele é muito frio. Assim que foi decretado o óbito do meu filho, Dr. Jairinho chegou perto de mim e, na frente de uma pessoa da igreja que frequento e de uma amiga minha, disse: Vamos virar essa página, vida que segue. Faz outro filho”, disse o engenheiro à publicação.
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Ouvido pelo EXTRA neste sábado, Leniel confirmou o que disse à revista. O engenheiro afirmou que desde o começo desconfiava do parlamentar, mas não falou isso antes para a imprensa porque estava esperando ser procurado de novamente pela polícia, o que não aconteceu. Ele contou que a luz amarela acendeu quando soube que o vereador foi dirigindo para o hospital, na madrugada em que o garoto morreu, enquando a mãe, Monique Medeiros, de 33, fazia respiração boca-a-boca, sem qualquer experiência com primeiros socorros.
— Eu conheci o Jairinho como médido. Então era para ser o contrário — questionou, acrescentando ter estranhado também que ao receber o laudo soube que a causa da morte foi laceração hepática e hemorragia interna provocada por ação contundente.
Ele contou ainda à revista que a ex-mulher também fez pressão para que o enterro fosse acelerado. Segundo relato do engenheiro, enquanto ele tratava dos trâmites burocráticos junto ao Instituto Médico Legal (IML) e na delegacia, teria recebido ligações e mensagens da mãe do menino pedindo para que ele agilizasse os procedimentos para que o filho fosse sepultado rápido e com o caixão fechado. Ele teria respondido que o filho teria velório e que tinha direito a dar um último beijo nele. Ele cobra Justiça
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