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Pai e irmão de Mauricio Macri são convocados para depor em caso de corrupção

Deu ruim

Reportagem de Sylvia Colombo, publicada na Folha de S. Paulo, informa que o escândalo chamado na Argentina de “cadernos da corrupção”, revelado quando um motorista do governo kirchnerista (2003-2015), Oscar Centeno, fez públicas suas anotações sobre o leva e traz entre governo e empresários de maletas de dinheiro ilícito, agora apontam a dois nomes-chave que podem abalar a Presidência: o irmão (Gianfranco) e o pai (Franco) de Mauricio Macri.

Ambos estão convocados a comparecer nesta quinta-feira (13) diante do juiz federal Claudio Bonadio para prestar declaração sobre a acusação de terem entregado dinheiro ilícito ao governo de Néstor Kirchner (2003-2007). A verba seria para ganhar a concessão dos pedágios da estrada Panamericana, que sai do acesso Norte da cidade de Buenos Aires e vai até a Bolívia.

Também estão sendo convocados a dar explicações membros do governo kirchnerista, como o ex-ministro do Planejamento, Julio de Vido, e a ex-presidente Cristina Kirchner. O juiz Claudio Bonadio, inclusive, já enviou pedido formal ao Congresso para que ela tenha seu foro privilegiado de senadora para ser apontada como ré nesse caso. De Vido já perdeu o foro e encontra-se em prisão preventiva.

As anotações do motorista Centeno, porém, também são alvo de investigação. A Justiça, e grande parte da opinião pública argentina, quer saber porque um motorista faria uma série de anotações tão metódicas, ao longo de vários anos, de vários transportes de malas de dinheiro, incluindo fotos e vídeos, conhecendo o valor carregado em cada transporte, a quem foi entregue e em que dia, e que incluía datas e nomes.