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Panamá Papers: Brasil é “elo de nível médio” em escândalo global

Do Estadão:

Mergulhar nos 11,5 milhões de documentos sobre o 1% do 1% da elite global cliente da Mossack Fonseca é um banho de humildade. Comparados a russos, árabes, chineses e até islandeses, os brasileiros não têm chance de ganhar o campeonato mundial de corrupção, não disputam pódio como lavador de dinheiro nem sequer o bronze por ocultação de patrimônio. No contexto da maior investigação sobre empresas de fachada que o mundo já viu, o Brasil é elo de nível médio, semiperiférico e nada original.

Nesses tempos em que a seleção brasileira comemora empate com o Paraguai, o reconhecimento internacional no panteão global da sonegação talvez compensasse a decadência futebolística. Nada. Só não tomamos de 7 x 1 graças às empreiteiras empenhadas em superfaturar a imagem do Brasil no exterior. No #PanamaPapers, perdemos da rival Argentina em citação de presidentes, ex-presidentes e até do principal craque de futebol do país.