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Pandemia acelera migração do Rio para cidades serranas no estado

Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Foto: Wikimedia Commons

Do R7.

O agravamento da pandemia da covid-19 impulsionou em 42% a migração de moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro para as principais cidades da região serrana do estado, de acordo com pesquisa realizada pela Bateiah Estratégia e Reputação, instituição que engloba o Instituto Informa, Renoma e Balizah.

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Os principais destinos são Teresópolis (61,3%), seguida por Petrópolis (44,4%) e Nova Friburgo (24,7%), segundo o levantamento, que entrevistou 313 pessoas no último dia 5 de março.

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O sociólogo Fábio Gomes, presidente da Bateiah, Estratégia e Reputação, instituição que engloba outras três empresas de pesquisas de opinião pública e comunicação (Instituto Informa, Renoma e Balizah), responsável pelo estudo, avalia que o temor do contágio e da falta de leitos para o tratamento da doença aceleraram um fenômeno que já ocorria há algum tempo.

Para o especialista, o crescimento do home office entre as empresas foi outro fator importante para proporcionar a execução dos planos de mudança de muitos cariocas e moradores da Grande Rio.

“O Rio tem vários problemas na região metropolitana. As pessoas sempre tem ali uma relação de medo com a cidade. A violência no Rio é muito dramática. Isso já expressa nas pessoas o desejo de mudar. A pandemia impulsionou algo que os empresários tinham medo de experimentar, que é o trabalho em casa.

A história do casal de empresários Ercília Maria Vasconcellos Bittencourt e Humberto Bittencourt capta o sentimento que moveu a busca por um local mais seguro, tranquilo e confortável. Há sete meses, ela e o marido se despediram da residência na Barra da Tijuca, bairro de classe média da zona oeste do Rio.

“Meu marido sempre teve esse sonho de morar em um lugar tranquilo. Passamos por um arrastão na avenida Brasil e ficamos com muito medo. Como já conhecíamos Friburgo, porque temos uns amigos que moram aqui, ficou fácil. Aqui tem tudo. É uma cidade bem estruturada. Não sinto falta de nada”.

A empresária notou que o crescimento da pandemia também já impacta o serviço de saúde mesmo de cidades menos populosas do estado fluminense. No entanto, ainda considera a troca benéfica para a família em comparação ao quadro dramático já enfrentado pelos cariocas.

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