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Pandemia consolida status de Bolsonaro como pária internacional, diz jornalista

Presidente Jair Bolsonaro deixa o Congresso Nacional após tomar posse. Depois de passar as tropas em revista, o presidente seguiu para o Palácio do Planalto. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Da Coluna de Jamil Chade no UOL.

Primeiro foi o desrespeito pelos princípios básicos de direitos humanos, chocando a comunidade internacional. Depois, a insistência em elogiar ditadores sul-americanos acusados de crimes contra a humanidade. Não demorou para que ele voltasse ao centro das atenções internacionais, desta vez por conta da Amazônia, dos incêndios e sua hesitação em aceitar a realidade das mudanças climáticas. Ele ainda desfilou ofensas contra líderes estrangeiros, seus pais ou esposas, rompendo todos os protocolos de civilidade.

Agora, é a pandemia que coloca o governo de Jair Bolsonaro na contramão do mundo.

A realidade é que, nos meios diplomáticos, científicos, opinião pública estrangeira e na imprensa internacional, o coronavírus consolidou a imagem de pária internacional do presidente brasileiro. Imagem essa que já estava sendo construída ao longo dos meses com uma mistura de declarações desastrosas, ausência de políticas e uma imagem de capacho dos interesses americanos.

Em diferentes capitais, a impressão que surgiu foi que a diplomacia presidencial — central na política externa de um país — sucumbiu aos interesses de uma família e se limitou à declaração de amor em relação ao presidente Donald Trump.

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