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Para superar problemas de importação e falta de insumos, Brasil deve quebrar patente da vacina, diz especialista

Do UOL:

Frasco da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19. — Foto: John Cairns / University of Oxford / AFP

Apesar de um contrato assinado para receber 2 milhões de doses da Covishield —a vacina da Oxford/AstraZeneca—, os brasileiros só devem ser vacinados com o imunizante em março porque o Brasil ficou de fora da lista de países que receberão a vacina da Índia, e a China não tem prazo para enviar os insumos para fabricação local.

Se necessário, a solução pode ser a quebra de patentes, já que o Brasil tem expertise para fabricar os insumos em território nacional.

A opinião é de Soraya Smaili, 59, reitora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a universidade brasileira responsável pelos testes da fase 3 da vacina de Oxford, a ser fabricada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

A reitora aponta a escassez de investimentos em ciência como a principal razão para a dependência brasileira da vacina e de seus insumos.

“Nos anos 1990, o Brasil quebrou a patente de muitos medicamentos da Índia, como os que compõem o coquetel antiaids”, afirmou a reitora em entrevista ao UOL.

“Se for de interesse nacional e da indústria, a gente tem de pensar em todas as possibilidades.”

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