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Paraisópolis cria estrutura de guerra para enfrentar pandemia

Paraisópolis. Foto: Wikimedia Commons

De Márcia De Chiara e Guilherme Amaro no Estado de S.Paulo.

A favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade de São Paulo, adotou uma “estrutura de guerra” para o combate ao novo coronavírus. Escolas foram transformadas em centros de acolhimento para moradores que testaram positivo para covid-19, voluntários tomaram posse como “presidente de rua” para monitorar os vizinhos e foram contratadas três ambulâncias e sete profissionais da saúde, incluindo dois médicos.

As casas de apoio vão abrigar moradores com covid-19 que convivem em suas casas com grupos de risco: idosos e pessoas com doenças crônicas. “Decidimos criar um espaço de acolhimento e isolamento para evitar a contaminação”, explica Gilson Rodrigues, líder comunitário de Paraisópolis e coordenador nacional do G10 das favelas.

Os locais que estarão prontos até quinta-feira foram instalados em duas escolas estaduais que funcionam na comunidade e que agora estão com aulas suspensas. Cada centro tem 16 salas e capacidade para acolher 260 pessoas. “Acho que vai faltar lugar”, lamenta o líder comunitário.

A intenção é ter mais centros e, com isso, atingir a capacidade para atender mil pessoas. Atualmente Paraisópolis conta com cerca de 100 mil moradores.

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