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Parecer diz que não há evidência de corrupção de Mantega em operações do BNDES com a JBS

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega

De Pedro Prata no blog de Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.

Investigação interna realizada dentro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não encontrou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações entre o BNDES e JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018. Assinado pelos escritórios Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP e Levy & Salomão Advogados, o relatório final ressalva que a equipe de investigação ‘não teve acesso a certos documentos e testemunhas importantes’.

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Conforme reportado pelo MPF e pela Polícia Federal no âmbito da Operação Bullish, as principais alegações diretas de corrupção envolvendo determinados ex-funcionários do Banco derivam dos termos de colaboração premiada prestados pelo ex-Presidente do Conselho de Administração da JBS, Joesley Batista, nos quais ele alegou ter pago propina ao ex-presidente do BNDES e ex-ministro da Fazenda Guido Mantega com a finalidade de facilitar operações com o Banco em benefício da JBS e da Eldorado.

Joesley também alegou que Mantega teria influenciado Luciano Coutinho, presidente do BNDES entre maio de 2007 e maio de 2016, período em que se realizaram a maioria das Operações analisadas no relatório.

Nesse sentido, o relatório concluiu que não encontrou evidências de influência indevida por parte de Guido Mantega e Luciano Coutinho sobre a negociação, aprovação e execução das operações pelo banco. Contudo, os investigadores não descartaram a possibilidade de ter havido ‘influência indevida’, uma vez que as negociações podem ter ocorrido oralmente ou por meio de aparelhos eletrônicos pessoais aos quais os investigadores não tiveram acesso.

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