Partido de Bolsonaro entra em guerra cega a 2 meses da eleição. Por dinheiro

O Partido Liberal, do presidente Jair Bolsonaro, entrou em uma guerra interna. Por dinheiro.
Segundo informações da Veja, a disputa está sendo entre a ala antiga da sigla e os bolsonaristas que migraram para a legenda por conta do atual chefe do governo.
Nos diretórios comandados pelos integrantes com mais tempo de casa, os mais novos estão sem verba eleitoral. Já nos diretórios controlados pelos políticos que chegaram há pouco tempo no partido, quem sofre é a ala não alinhada ao Planalto.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, já começou a ameaçar diretórios de vários estados que reclamam da divisão de verbas e avisou que vai intervir caso a situação não se resolva.
O fundo eleitoral no Partido Liberal também tem sido utilizado como estratégia para que candidatos se engajem no projeto de reeleição do presidente. Isso porque nomes importantes da legenda têm deixado de mencionar apoio ao atual chefe do governo nas publicações feitas em suas redes sociais e, para os cargos de deputado federal e estadual, a agremiação já anunciou que pretende usar o caixa das campanhas como instrumento de pressão.
Costa Neto gravou um vídeo para ser compartilhado no Rio de Janeiro e afirmou que a verba do partido é pequena para as proporções atuais da legenda, por isso criou algumas condições para a distribuição do dinheiro. De acordo com a divisão feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL vai receber R$ 288,5 milhões do fundo eleitoral.
“O partido hoje triplicou de tamanho e continuamos com o mesmo fundo. Então é o seguinte: nós vamos repassar o dinheiro só para quem estiver na campanha com o Bolsonaro, com o Cláudio (Castro) e com o Romário. Precisa ter na propaganda os três. Nós vamos passar em partes, o dinheiro, e vamos ter esse controle. Isso é vida ou morte para nós”, disse, em mensagem que também foi encaminhada em versão escrita.