Partido de Moro tenta ressuscitar prisão em 2ª Instância, mas leva chega pra lá de Lira

Na quarta (3), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), rejeitou um requerimento apresentado pelo deputado Léo Moraes (Podemos-RO) para submeter ao plenário a Proposta de Emenda à Constituição 199/19, mais conhecida como PEC da Prisão em 2ª Instância. Podemos é o novo partido de Moro.
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Lira dá um chega para lá
“O processo legislativo, diferentemente do judicial, não está jungido a prazos, de maneira que tramita de acordo com a percepção da conveniência e da oportunidade política”, justificou o presidente da Casa.
Posição do presidente da Câmara confirma o abandono da proposta que determina prisão imediata de condenados à pena privativa de liberdade após decisão de 2ª instância. “Estou pessimista. Não vejo boa vontade, tampouco disposição política de setores da direita e da esquerda em votá-la”, explica o relator, Fábio Trad (PSD-MS), que há mais de um ano entregou seu parecer favorável à mudança na Constituição.
Para Trad, não há vontade política para levar o debate adiante. “Desde quando Moro e Bolsonaro se desentenderam, a bandeira foi relegada. A isto alia-se o fato de que a esquerda também não se empolga, muito ao contrário, com a causa”, disse ele ao Congresso em Foco. O texto foi apresentado pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP) em 2019, logo após o Supremo declarar a medida inconstitucional.
A decisão favoreceu, entre outros, o ex-presidente Lula, que estava preso em Curitiba após condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região na Operação Lava Jato. O STF estabeleceu que a execução da pena só pode ocorrer com o chamado trânsito em julgado, ao fim de toda a fase de recursos. As condenações de Lula foram anuladas.
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