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Passe livre nos transportes públicos deve beneficiar eleitores de Lula

Eleitores petistas em Brasília. Foto: Reprodução

Após determinação da Justiça, o governo de São Paulo libera passe livre para ônibus, trens e Metrô no segundo turno das eleições que ocorre no próximo domingo (30), quase 200 cidades brasileiras adotaram o benefício, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Com a medida, eleitores do ex-presidente e candidato Lula (PT) tendem a se beneficiar mais com o benefício.

Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (27), Luta tem 58% das intenções de voto entre os eleitores que possuem o menor nível de ensino, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 32%.

A gratuidade no transporte público estadual foi definida, após decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que deferiu medida liminar à ação popular proposta pela deputada estadual Professora Bebel (PT).

De acordo com o governador do estado, Rodrigo Garcia, a decisão foi tomada após análise dos impactos financeiros da medida para o Estado.

“Domingo é o dia da democracia, por isso é justo que todos tenham acesso ao transporte público e possam votar com igualdade de condições. Portanto, catraca livre”, disse Garcia.

Um estudo feito no começo de 2019, indica que 27% dos eleitores com baixa escolaridade moram mais longe do local de votação. Uma parte pequena desses eleitores afirma que, apesar da distância, vai votar a pé.

A pesquisa foi feita pelos cientistas políticos George Avelino, Guilherme A. Russo e Jairo T. P. Pimentel Junior, do Centro de Política e Economia do Setor Público da FGV-SP, que usaram como base os dados das eleições de 2018.

A maioria deles, ou 23% do total da mostra, diz que precisa pegar pelo menos uma condução (carro, ônibus, trem ou metrô) para votar (o estudo tem margem de erro estimada em 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos).

Ou seja, a cada 4 eleitores, 1 pode ser beneficiado pelo transporte público gratuito no segundo turno. A pesquisa também indica que a quantidade de eleitores vivendo longe do local de votação é maior entre aqueles que têm menor nível de escolaridade. Entre os que completaram o fundamental corresponde a 28%, e 16% entre quem tem ensino médio ou mais.

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