Pastor evangélico do Amapá é acusado de abuso sexual por mais de 12 mulheres

“Ele me disse ‘vou fazer uma oração e você vai tocar em todos os lugares que seu ex-namorado te tocou’, exigindo que eu colocasse os dois dedos dentro da minha vagina, a outra mão na minha língua e perguntou se eu estava gostando”.
Quem conta é uma jovem de 24 anos, que acusa o pastor evangélico Jeremias Barroso, da congregação Igreja Getsêmani, de abuso sexual. Por meio de seu advogado, o pastor, que é uma das principais lideranças religiosas do Amapá, nega as acusações e se diz vítima de calúnias.
O relato da jovem faz parte de um inquérito instaurado na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), do Macapá.
O caso, que conta com denúncias de mais 12 mulheres, foi investigado em sigilo ao longo do segundo semestre de 2020 e remetido ao Ministério Público do estado no início deste ano.
Segundo apuração de Universa, o MP deve denunciar o pastor à Justiça nos próximos dias sob acusação de abuso sexual mediante fraude com base no relato de duas vítimas. Outras denúncias ainda estão em investigação sob sigilo.
(…) Entre os relatos, uma das fiéis conta que recebeu do pastor um vídeo em que ele se masturba.
Outra conta que ele mandava mensagens pelo Facebook perguntando a cor da calcinha que ela usava ou ligava na madrugada dizendo que estava “morrendo de vontade” dela.
“Quero que a justiça dos homens seja feita porque a de Deus eu sei que não falha. Quero que pague por tudo, inclusive pelos danos psicológicos que deixou em mim e em todas as outras”, diz.
Em mais um relato, uma fiel de 20 anos conta que o pastor pedia abraços e passava a mão em seu corpo depois de pedir que ela fosse a seu escritório. Nesse caso, ele sugeriu que entrassem em um motel depois que ela aceitou uma carona até sua casa.
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