Pastor LBTQIA+, que já defendeu “cura gay”, refuta tese de “Deus punitivista”

Por décadas, o pastor Arlei Lopes Batista, de 48 anos, viveu dentro de uma igreja evangélica tradicional que via a homossexualidade como pecado. Ele chegou a ser palestrante em defesa da chamada “cura gay” e atuou no Exodus Brasil, uma rede que pregava ser possível reorientar sexualidades.
Desde a adolescência, Arlei lidava com a pressão de renunciar à sua sexualidade. “O discurso era que era pecado. Fazia oração, jejum. Me martirizava por conta do desejo. Foi um período de muita angústia”, relembrou em depoimento à Folha. Mesmo após casar-se com uma mulher e adotar três filhas, ele reconhece que nunca se viu como bissexual, mas como um homem homossexual tentando negar sua essência. A crise veio quando ele conheceu uma pessoa por quem desenvolveu sentimentos afetivos.
“Não consegui mais ter relação com minha esposa nem ministrar sobre sexualidade. Entrei em crise”, relatou. O casamento chegou ao fim, e ele encontrou acolhimento em uma igreja inclusiva, onde passou a questionar o fundamentalismo que seguia. Ele refuta a ideia de um Deus punitivo. “Jesus Cristo morreu para salvar o mundo, não para condenar”, afirma.
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