Patrão diz que PMs mataram jovem comerciante no Guarujá (SP) “por ser negro e morar na favela”

O comerciante Filipe do Nascimento, 22, morreu na noite da última segunda-feira (31), após sair de casa para fazer compras em um supermercado. Filipe teria sido uma das vítimas da ação policial violenta no Guarujá, litoral de SP, realizada após a morte do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos, na última quinta-feira (27).
A Secretaria de Segurança Pública alega que todas as pessoas mortas na operação trocaram tiros com os agentes. No entanto, o patrão do rapaz, sua família e amigos afirmam que ele era trabalhador. O patrão de Filipe alega que a morte do rapaz ocorreu por preconceito, pelo fato dele ser “pobre”, “negro” e “morar favela”.
“Quando falei para tomarem cuidado que a rua à noite estava perigosa, é por isso: rapaz que trabalhava e trabalhou comigo nesse último fim de semana ao sair de noite de casa, por volta das 20h, foi morto por ter passagem, ser negro e morar na favela”, disse, lamentando o ocorrido. “Rapaz já trabalhava comigo a mais de um ano. Paguei ele domingo, 30/07, e 31/07 mataram ele. Essa fatalidade ocorreu no Morrinhos 4, no beco Canaã, ele estava indo sentido o mercado Cuevas”.
Em outros bairros da região, moradores têm relatado que evitam sair de dentro casa por conta da violência policial dentro das comunidades do local.

 
		