Paulo Guedes viaja aos EUA e escapa de audiência na Câmara para explicar offshore

Ministro da Economia, Paulo Guedes, passará esta semana nos Estados Unidos (EUA), viajando nesta segunda (11) para Washington onde participará da Reunião Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, além de encontros de ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G20, diz a Reuters.
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Guedes nos EUA
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Economia, os compromissos de Guedes irão até quinta, com seu retorno previsto para sexta-feira.
Com isso, o ministro não deverá comparecer ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, dia 13, para prestar esclarecimentos sobre conta offshore em um paraíso fiscal.
Assim ele estará contrariando indicação dada pelo líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de que isso aconteceria.
Requerimento de convocação de Guedes foi aprovado com amplo apoio, inclusive de partidos da base aliada ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
Na sexta-feira, ele defendeu que todos os seus investimentos foram devidamente declarados antes que assumisse cargo no governo e que são legais.
Além de Guedes, o que está nos Pandora Papers
Segundo a RFI, presidentes e ex-presidentes de Chile, Equador, Colômbia e Paraguai, citados nos “Pandora Papers” negam que operações financeiras tenham sido ilegais, mas opositores pedem esclarecimentos. A América Latina tem 14 dos 35 líderes mundiais expostos na maior investigação jornalística da história. A região perde anualmente US$ 300 bilhões em sonegação de impostos.
O capítulo latino-americano da investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) divulgado nesse domingo (3) aponta, sobretudo, para 14 dos 35 chefes e ex-chefes de Estado do mundo envolvidos em sociedades offshore. Esses líderes latino-americanos alegam ter todas as contas e ativos no exterior declarados e negam qualquer atividade ilícita.